Batizado de boneca à moda antiga

  1. Roteiro e falas
  2. Cenário
  3. Personagens
  4. Objetos de cena
  5. Efeitos especiais
  6. Roteiro p/ contra regras do som
  7. Figurinos

 

1 – Roteiro e falas

Música 1

(O padre e o sacristão estão à espera. Junto deles está uma mesa, com uma bacia, uma jarra com água, e um pano branco. A carroça chega, com os pais, padrinhos e a criança que vai ser batizada. Os pais e os padrinhos saem da carroça (pelo lado da mesma) e vão, de braços dados, até o local onde estão o padre e o sacristão.)

PADRE
O senhor veio aqui afim de que? Pra batizar esta criança?
PAI
Sim, Padre, eu quero batizar a minha filha!
PADRE
Muito bem, pode chegar até aqui. Quem é a madrinha?
MADRINHA
Sou eu!
PADRE
Fique aqui, por favor. Como é o nome da criança?
MADRINHA
Maria!
PADRE
Que bonito! È o nome de Nossa Senhora! Sacristão,venha me ajudar!
(O sacristão chega perto do padre, segurando a jarra e o pano na mão).
PADRE
Em nome do Pai e do filho, e do Espírito Santo.
TODOS
Amém!
PADRE
Maria, queres  ser batizada?
MADRINHA
Quero!
(responde em nome do bebê)
PADRE
Prometes seguir sempre o bem e evitar o pecado?
MADRINHA
Sim!
(O sacristão entrega a jarra para o padre)
PADRE
Eu te batizo ,Maria, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo !
(O sacristão entrega o pano para o padre, e pega a jarra de volta).
PADRE
Parabéns para todos!
(Enxuga a cabeça da boneca, e dá parabéns para o pai, para a mãe, e para os padrinhos).
PAI
Seu Padre, o senhor vai para a festa do batizado? O sacristão também?
PADRE
Sim, muito obrigado!
MÂE
Então, vamos todos na nossa carroça!
(O padre e o sacristão entram também na carroça, atrás dos padrinhos; o pai faz a carroça seguir adiante  para o local da festa, onde são servidos  doces como cocada, bolo de milho etc.)
Música 2

 

2 – Cenário:
 Em cima de uma mesa, está  uma bacia, uma jarra com água, e um pano branco.

 

(Para dar uma ideia de que as crianças estão brincando no quintal de casa, podem ser acrescentadas algumas plantas, até uma bananeira ou duas próximo da mesa.)

 

3 – Personagens :
Padre
Sacristão
Pai
Mãe
Madrinha
Padrinho
Cavalo 1
Cavalo 2

 

4 – Objetos de cena e orientações
Uma boneca com aspecto de bebê ( de preferência)
(Nota: as crianças de antigamente batizavam qualquer boneca que tivessem, e muitas vezes estas  eram feitas por suas próprias mães ou avós (de pano ou de palha de milho)

 

Manta para embrulhar a boneca
Mesa
Jarra com água
Bacia
Pano branco
2 Galhos de árvore
Cipó ou corda
Mesa com doces típicos (cocada, bolo de milho, rapadura, pé de moleque, etc)
Carroça
(A carroça deve ser feita com 02 (dois) pedaços de galho de árvore amarrados com cipó ou corda. Um galho vai na frente das crianças e o outro, arrastando pelo chão.
Os “cavalos” (duas crianças) são amarrados na cintura, com cipó ou corda para representar as rédeas, que são seguras pelas mãos do pai. A mãe segura com suas duas mãos o galho da frente, bem equilibrado na altura da cintura. O galho de trás vai arrastando pelo chão. O padrinho e a madrinha (com a boneca no colo, embrulhada numa manta)  se posicionam atrás do pai e da mãe, dentro da carroça.)

 

5 – Efeitos especiais
Não são necessários

 

6 – Roteiro para contra regras do som
(A sugestão de musicalizar esta apresentação foi por nós acrescentada, para dar mais destaque à apresentação, não fazendo  parte do relato da brincadeira antiga)

 

Música 1- Música infantil de ciranda, no começo, para caracterizar que vai ser apresentada uma brincadeira infantil antiga,

 

Música 2 – Música que expresse alegria pelo batizado, convidando para a festa

 

Músicas do baile, se desejarem fazer
(músicas típicas, bem animadas, tipo vanerão, que sejam um convite irresistível para serem dançadas)

 

Nota: Fazemos questão de frisar que o baile não faz parte do relato desta brincadeira antiga mas foi realizado na ocasião porque festejávamos o Dia do Folclore no Colégio.

 

7 – Figurino
Padre: túnica escura
Sacristão: túnica clara
Cavalos: roupa normal de criança de antigamente
Os pais e os padrinhos também devem estar trajados com roupas o mais possível parecidas com as que se usava antigamente, no interior da Ilha de Santa Catarina.  Sugerimos a caracterização com os trajes  usados em festas juninas, mas sem exageros de maquiagem, remendos, etc… pois nossos “manezinhos” sempre escolhiam as suas melhores roupas para irem às festas e não as rasgadas .Eram alegres, mas discretos.

 

Observação: Orientação dada pessoalmente por Franklin Cascaes, que observou este tipo de brincadeira no interior de nossa ilha, antigamente. (Florianópolis, SC)

 

Quem foi Franklin Cascaes
(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.)
Franklin Joaquim Cascaes nasceu na primavera, em 16 de outubro de 1908,  na parte continental da grande Florianópolis  (São José, 16 de outubro de 1908 — Florianópolis, 15 de março de 1983) e foi um pesquisador da cultura açoriana, folclorista, ceramista, gravurista e escritor brasileiro.
Dedicou sua vida ao estudo da cultura açoriana na ilha de Santa Catarina e região, incluindo aspectos folclóricos, culturais, suas lendas e superstições. Usou uma linguagem fonética para retratar a fala do povo no cotidiano.
Seu trabalho somente passou a ser divulgado em 1974, quando tinha 66 anos.
No ano de 1983, um acervo chamado “Coleção Professora Elizabeth Pavan Cascaes”, que ainda está em fase de documentação, foi criado, com doações do próprio autor contendo suas obras artísticas. Hoje, o acervo está sob a guarda da Universidade Federal de Santa Catarina, que realiza um bom trabalho na conservação do frágil acervo do mestre. São aproximadamente 3.000 peças em cerâmica, madeira, cestaria e gesso; 400 gravuras em nanquim; 400 desenhos a lápis e grande conjunto de escritos que envolvem lendas, contos, crônicas e cartas, todos resultados do trabalho de 30 anos de Franklin Cascaes junto à população ilhoa coletando depoimentos, histórias e estórias místicas em torno das bruxas, herança cultural açoriana.

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