Parlendas

As parlendas são brincadeiras  antigas que fazem parte do folclore brasileiro, geralmente são pequenos versinhos com palavras que rimam entre si e que proporcionam às crianças bastante divertimento. Nem sempre os versinhos têm algum nexo, mas o que vale é o carácter lúdico. Muitos são usados como forma de escolha para uma brincadeira, como a de esconde-esconde e a “de pegar”, onde o escolhido sai correndo e as outras crianças tentam alcança-lo.

 

Exemplos de parlendas:
1 – Lá em cima do piano
     Tem um copo de veneno
     Quem bebeu, morreu
     O culpado não fui eu

 

2 – Uni duni tê
     Salamê minguê
     O sorvete é colorê
     E o escolhido foi você !

 

3 –   Serra, serra, serrador!
Serra o papo do vovô!
Quantas tábuas já serrou?
Serrei um, serrei dois, serrei três….

 

4 –   Um elefante incomoda muita gente…
Dois elefantes… incomodam, incomodam  muito mais…
Três elefantes… incomodam, incomodam, incomodam muita gente…
Quatro elefantes… incomodam, incomodam, incomodam, incomodam muito mais…
 (e assim segue, sempre aumentando mais uma palavra “incomodam”)

 

5 –   Um, dois feijão com arroz
Três, quatro feijão no prato
Cinco, seis arroz inglês
Sete, oito comer biscoito
Nove, dez, comer pastéis!

 

6 –   A galinha do vizinho
Bota ovo amarelinho
Bota um, bota dois
Bota três, bota quatro
Bota cinco, bota seis
Bota sete, bota oito
Bota nove, bota dez

 

7 –   Cadê o toucinho que estava aqui?
O gato comeu. Cadê o gato?
Fugiu pro mato. Cadê o mato?
O fogo queimou. Cadê o fogo?
A água apagou. Cadê a água?
O boi bebeu. Cadê o boi?
Está moendo trigo. Cadê o trigo?
A galinha espalhou. Cadê a galinha?
O padre comeu. Cadê o padre?
Está rezando missa. Cadê a missa?
A missa acabou. Cadê as pessoas que estavam na missa ?
Foram por aqui, por aqui, por aqui…
(A brincadeira começa com alguém apontando o dedo para a palma da mão da criança, e quando chega na última frase , esta pessoa vai subindo com dois dedos pelo braço dela  como se estivessem caminhando, até chegar na axila da mesma, fazendo cócegas)

 

8 – Meio dia,
     Panela no fogo,
     Barriga vazia.
     Macaco torrado,
     Que vem da Bahia,
     Fazendo careta,
     Pra tia Maria.

 

9 – Jacaré foi ao mercado
     Não sabia o que comprar
     Comprou uma cadeira
     Pra comadre se sentar
     A comadre se sentou
     A cadeira se quebrou
     Jacaré chorou,  chorou
     Pelo dinheiro que gastou

 

10 – Batatinha quando nasce
       Esparrama pelo chão
      Mamãezinha quando dorme
      Põe a mão no coração

 

11 – Hoje é domingo, pede cachimbo.
       O cachimbo é de ouro, bate no touro.
       O touro é valente, bate na gente.
       A gente é fraca, cai no buraco.
       O buraco é fundo,
       Acabou-se o mundo!

 

12 – Janela, janelinha  (alguém aponta os dois olhos da criança)
        Porta  (aponta para a boca da criança)
        Campainha (toca no nariz  dela e fala diiiing!)
        Diiing!

 

13 – Sol e chuva, casamento de viúva
       Chuva e sol, casamento de espanhol

 

14 – Mindinho
       Seu vizinho
       Pai de todos
       Fura bolo
       Mata piolho

 

15 – Fui passear na pinguelinha
       Chinelo caiu do pé
       Os peixinhos reclamaram
       Que cheirinho de chulé

 

16 – Entrou por uma porta
       Saiu pela outra
       Quem quiser
       Que conte outra

 

(Geralmente, quando uma pessoa acabou de contar uma história
e não quer continuar contando outra, diz este versinho).

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