Por ocasião do início das aparições de Nossa Senhora em Medjugore veio trabalhar conosco na biblioteca uma irmã idosa chamada I. Zita, que me contou sobre o que estava acontecendo lá na Bosnia Herzegovina. A partir deste conhecimento me senti tocada profundamente, e comecei a divulgar as mensagens que lá eram recebidas diariamente.
Daí nasceu o Clubinho dos Amigos do Rosário, em que as reuniões eram realizadas na capelinha do colégio, semanalmente, todas as quartas feiras na hora do recreio.
As crianças encontravam diversas almofadas enfileiradas no chão, cada uma com um pequeno terço em cima. Ao lado do sacrário estava sempre colocada a figura de um dos mistérios do rosário, do qual se iria rezar uma dezena. Após breve explicação, se rezava e eles assinavam presença. Após três comparecimentos, que não precisavam ser seguidos, já eram considerados sócios, e recebiam uma carteirinha.
Os sócios ajudavam a distribuir as mensagens de Nossa Senhora, participavam de dramatizações bíblicas, e eram incentivados a conhecer melhor a oração do Rosário. Algumas destas dramatizações estão também neste site, à disposição de quem quiser usá-las. Os cenários, figurinos e também os textos, foram adaptados ou criados por mim, e executados com a ajuda de diversas professoras do colégio e funcionárias da biblioteca.
Esta foi uma atividade que também fez parte da história do Clubinho dos Amigos do Rosário. Colocamos uma bela figura de anjinho (usando uma sacolinha de carteiro) na capelinha, durante as reuniões do clubinho, e incentivamos as crianças a ali colocarem seus pedidos à mãe celeste, em forma de cartinhas, dizendo que o anjinho as encaminharia ao destino.
Pedidos comoventes se multiplicaram, sendo um mais fervoroso que o outro. Tenho certeza que nossa mãe do céu fez o possível para atende-los, pedindo ao seu filho as graças necessárias para tanto.
AS OVELHINHAS
Esta dramatização do nascimento do Menino Jesus foi realizada por professoras e seus alunos no final do ano. Como sabiam que existiam três ovelhinhas no acervo de objetos de cena do Clubinho dos Amigos do Rosário,elas foram pedidas emprestadas e ficamos felizes em atender.
Estas ovelhinhas haviam sido confeccionadas para uma de nossas dramatizações, com uso de caixas de papelão comuns, buscadas em supermercado gratuitamente. Cortando aqui e acolá, amassando e colando em lugares certos, fomos criando e modelando estes animaizinhos tão interessantes. Depois, cobrimos com estopa usando cola branca comum.
Para finalizar, colamos papel branco nas partes que compunham os rostos e pernas, colocamos as orelhas e desenhamos os detalhes como olhos e boca.
Ao lado mostramos a foto em que estas ovelhinhas aparecem de frente, de lado e com a parte de baixo exposta. Assim dá para ter ideia de como ficaram. Ressalto que isto prova como podem ser feitas muitas coisas interessantes a partir de sucata.
COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA
Antigamente, no final do mês de maio sempre era costume, nas paróquias, realizar a coroação de Nossa Senhora como Rainha do Céu e da Terra. Na minha infância eu havia participado de uma dessas coroações como anjinho, o que foi bem marcante para mim. Então resolvi reviver este costume que muitas crianças nem conheciam, no colégio.
Mais uma vez, os sócios do Clubinho dos Amigos do Rosário foram chamados a colaborar, e as professoras e seus alunos também.
Ensaiamos a dramatização, como sempre, em diversos pequenos momentos “roubados” ao recreio, para que não fossem prejudicadas as aulas, mas respeitando o tempo que as crianças precisavam para brincar e comer seus lanchinhos. Gostavam tanto de participar, que vinham expontaneamente se oferecer para isso.
Foi mandado para as professoras o roteiro do que se planejava realizar, com detalhes de como poderiam motivar seus alunos para bem aproveitarem esta apresentação. E todas aceitaram, buscando fazer com que eles mesmos organizassem as homenagens que iriam prestar para Nossa Senhora. Cada turma troxe flores e escreveu cartazes que entregaram simbólicamente para Maria no final da coroação.
Nesta foto aparece um momento da dramatização realizada pelos sócios do Clubinho no pátio da escola, durante alguns minutos ajeitados entre uma parte do final do recreio e uma pequena parte do início das aulas a seguir. Estas dramatizações nunca demoravam mais de 15 minutos nem menos de 12. As crianças se apresentavam em seu próprio turno de estudo, o que exigia muita organização porque tudo era realizado duplamente, no período matutino e no verpertino, com os mesmos trajes e objetos de cena. Mas sempre funcionou bem, com a ajuda das professoras e funcionárias da biblioteca, que abraçavam bravamente a causa.
DUAS PARÁBOLAS DE JESUS
Como as diversas pequenas dramatizações do Clubinho dos Amigos do Rosário estavam se repetindo e conseguindo agradar a todos, a Irmã Diretora nos solicitou que realizássemos uma especial, que deveria abrilhantar a missa de comemoração dos 40 anos de fundação do colégio.
O tema foi escolhido de acordo com o evangelho que seria lido na missa festiva a ser realizada no ginásio coberto do Colégio Catarinense: O Reino de Deus, exemplificado em duas parábolas de Jesus.
Adaptamos as duas histórias: uma que relatava como a menor das sementes que existe, a da mostarda, pode crescer e se transformar numa árvore onde os pássaros vem pousar e fazer seus ninhos e a outra, da mulher que amassa e assa o pão, fazendo-o crescer com o auxílio do fermento.
Como quase sempre, foi usado o recurso de um narrador para que fosse facilitada a compreensão do que ocorria, sem que as crianças tivessem que decorar textos enormes e falar em voz alta ou com auxílio de microfone. A função de narradora sempre cabia a mim, por praticidade, porque conhecia bem o texto e podia então corrigir alguma cena no decorrer da apresentação, se necessário.
O texto completo e explicações podem ser conferidos neste link: O Reino de Deus.
Aqui mostramos algumas fotos dessa apresentação.
Jesus explica aos seus discípulos e ao povo, ao que é semelhante o reino de Deus. Então esta cena é “congelada”, e começam a se desenrolar as cenas que vão demonstrar o que Ele falou.
Pai e filho plantam a pequena semente de mostarda
Após amassar o pão e colocá-lo para crescer, a mãe vai esperar que o fermento realize seu papel de levedar toda a massa.
Enquanto isso, trabalha em seu tear.
A filha prepara o forno para receber o pão já amassado e crescido pela ação do fermento.
Ela gostou de aprender com a mãe para que serve o fermento.